quinta-feira, 15 de maio de 2014

Visualidades em práticas transdiciplinares na formação de professores para a educação básica.

AUTOR:

Maria Emilia Sardelich - Universidade Federal da Paraíba (UFPB).


Para acompanhar a discussão durante a apresentação:
https://docs.google.com/file/d/0BxW1cFmN8ULlamdMbHl4QmRrSVU/edit?pli=1

CO-AUTORES:

Lady Polyanna Silva de Arruda, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV,
Maria do Socorro Costa Limeira, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV,
Maria Laudicéia Almeida Lira, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV,
Shirley Tanure, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV.

RESUMO:

No dia a dia do século XXI experimentamos a ineludível exigência por competências para lidarmos com o gigantismo do conhecimento. O crescimento sem precedentes do conhecimento também demanda a revisão constante de qualquer formação, especialmente a de professores. Inúmeros pesquisadores têm apontado que as Universidades e centros de formação de docentes se encontram, ainda, distantes do que se supõe a formação de competências para os desafios contemporâneos. Apesar das inúmeras reformas, que vem ocorrendo em diversos países do planeta, a prática comum na formação de docentes ainda tem a ver com um modelo anacrônico, porém resistente, da disciplinaridade em uma suposta aplicação direta da teoria na prática. Gatti e Barreto (2009) indicam que as entidades profissionais e científicas ainda são resistentes às soluções interdisciplinares devido a forte tradição disciplinar que marca os currículos das Licenciaturas no Brasil. Por outro lado, Nicolescu (1999) afirma que o prefixo “trans” refere-se àquilo que está, ao mesmo tempo, entre, através e além de qualquer disciplina, posto que seu objetivo é a compreensão do mundo presente. É com o intuito de participar desse amplo debate sobre as práticas transdisciplinares na formação de professores que apresentamos a experiência do Grupo de Pesquisa em Ensino das Artes Visuais (GPEAV), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em sua pesquisa sobre os “modos de ver” a docência que circulam entre licenciandos da UFPB. Quais são as representações da docência entre os Licenciandos em formação no Brasil do século XXI, momento em que esta profissão conta com reduzido status social?  Como sinaliza Hernandez (2005), chegamos aos cursos de Licenciatura com uma identidade, uma biografia em construção alicerçada em nossas experiências de gênero, etnia e classe social. Vários pesquisadores da área, como Alves (2007), Blikstein (2006), Cunha (2001), afirmam que construímos uma concepção de docência na relação social que mantivemos ao longo da nossa escolarização, marcada pelo papel discente, o que levaria a uma inconsciente reprodução dos modelos aprendidos. Em geral, nos cursos de Licenciatura, parte do conteúdo de Didática trata da questão da identidade do professor. A identidade profissional é um processo de construção do sujeito e fundamenta-se na significação social da profissão, na revisão dos significados sociais dessa profissão, bem como das tradições e práticas consagradas (Pimenta, 1997). No componente curricular Didática trabalhamos com a memória educativa dos licenciandos para que estes possam fazer uma reflexão sobre a ação de seus professores e suas experiências como alunos. A produção da memória educativa abarca a linguagem verbal e visual. Na produção visual o Licenciando apresenta uma imagem que, para ele, represente a docência. A imagem pode ser de autoria própria ou alheia, produzida a partir de qualquer técnica. Essas imagens são compartilhadas e interpretadas pelo coletivo. Buscamos investigar a formação de professores, a partir das representações, crenças e preconceitos dos licenciandos, pois estes afetam a aprendizagem da docência, possibilitando ou dificultando as transformações.

REFERÊNCIAS:
  • Alves, Nilda (2007). Nós somos o que contamos: a narrativa de si como prática de formação. In: Elizeu Clementino de Souza.  Histórias de vida e Formação de Professores: Boletim 1, TVE, Salto para o Futuro, mar., 62-69.
  • Blikstein, Paulo (2006). Mal-estar na avaliação. In: Marco Silva & Edméa Santos. Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola.
  • Cunha, Maria Isabel da (2001). Aprendizagens significativas na formação inicial de professores: um estudo de caso no espaço dos cursos de Licenciatura. Interface, 5 (9),103 -116. 
  • Gatti, Bernadete Angelina & Barreto, Elba Siqueira de Sá (2009). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO. 
  • Hernández, Fernando (2005). A construção da subjetividade docente como base para uma proposta de formação inicial de professores de artes visuais In: Fernando Hernandez & Marilda Oliveira (org.). A formação do professor e o ensino das artes visuais. Santa Maria: Editora Universidade Federal de Santa Catarina.  
  • Pimenta, Selma Garrido (1997). Didática e Formação de Professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez.
  • Nicolescu, Basarab (1999). Um novo tipo de conhecimento: transdisciplinaridade. Anais do Primeiro Encontro Catalisador do CETRANS, Escola do Futuro, Universidade de São Paulo. Itatiba, SP, Brasil.

Um comentário:

  1. Para acompanhar a discussão durante a apresentação:
    https://docs.google.com/file/d/0BxW1cFmN8ULlamdMbHl4QmRrSVU/edit?pli=1

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